Instituto São José (Rede Salesiana de Ensino) Queridos alunos, seguidores e interessados no blog:

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Aluno faz poema expressando sua opinião sobre a Guerra na Síria...

Pela Síria

Por Rafael Lourenço de Lima Chehab
De joelhos o Papa ora

em seu trono o Obama ordena

e a guerra na rua da frente.

Dos jovens chegou a hora

na rota São Paulo - Viena

mostrar sua voz a todos os parentes

humanos irmãos de coração.

 
Pois nos fartos não há ajuda

nos pobres não há fortaleza

na Síria, sofrida, não há compadecer.

Nasça, floresça, venha, me acuda

pois o amor, caro jovem, é maior proeza

juntos, só vocês, trarão o amanhecer

um novo mundo há de nascer.

 
Democracia serás um mito

sonífero tão desejado

razão para a ganância, invasão.

A verdade revela-se em grito

o poder alvejado, convidado, é esperado

é espada em meu coração, lamentação, sofrimento.

 
A casa é lugar seguro

sem janelas, é cega ao mundo

o jovem sai as ruas

o jovem ama

é a última esperança.

Quem me dera jovem o mundo fosse.

Notícia pelo mundo... (Revolta Árabe)

Guerra civil na Síria

De acordo com a ONU, o conflito já deixou mais de 100 mil pessoas mortas e dois milhões de refugiados

Khalil Ashawi/Reuters

A guerra civil na Síria - que já dura dois anos e meio - é discutida agora pelo Congresso dos Estados Unidos e outros países ocidentais, como França, que analisam a possibilidade de uma intervenção militar. A discussão ocorre após a denúncia de opositores sírios de que o regime do presidente Bashar Assad usou armas químicas em um ataque em Ghouta, subúrbio de Damasco.
EUA, França e Grã-Bretanha concluíram que o governo de Assad foi o autor do massacre de 21 de agosto de 2013, que deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças. A Rússia afirma que o ataque foi realizado por rebeldes e é contra uma intervenção na Síria.
Após o secretário de Estado John Kerry afirmar que os EUA têm a certeza de que gás sarin foi usado no ataque, o presidente americano, Barack Obama, iniciou uma ofensiva para obter a aprovação do Congresso e atacar a Síria.

Obama afirma que uma eventual ação na Síria será proporcional, limitada, não envolverá a entrada de tropas americanas no país e não tem o objetivo de derrubar o regime de Assad. "Isso não é Iraque e não é Afeganistão", afirmou, em referência às guerras nas quais os EUA se envolveram na última década.
O presidente ressaltou que a importância do possível ataque não se restringe à Síria e tem o objetivo de enviar uma mensagem a todos os países que violem tratados internacionais. Se o uso de armas químicas não for punido, observou, isso fará com que normas que proíbem a proliferação nuclear "não signifiquem muito".

O conflito na Síria deixou até agora, segundo a ONU, mais de 100 mil mortos, dois milhões de refugiados. Relatório das Nações Unidos classifica a guerra de "grande tragédia do século 21". "A Síria transformou-se na grande tragédia deste século, uma calamidade em termos humanos com um sofrimento e deslocamento de populações sem precedentes nos últimos anos", afirma António Guterres, do Acnur.

Fonte: http://topicos.estadao.com.br/siria. Acesso em 25 de setembro de 2013.

 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Oficina criativa com o escritor Leandro Reis



Olá pessoal,

Na manhã do dia 17/09, terça-feira, aconteceu a Oficina Criativa com o escritor joseense Leandro Reis para os alunos dos nonos anos do Instituto São José.
Leandro, como todo seu poder fantástico e sua criatividade, trouxe para a garotada como ocorre o processo criativo de suas histórias, apresentando-lhes seu mundo recheado de lugares encantados e personagens intrigantes.
A palestra tinha também como enfoque o ser humano criativo, mostrando aos alunos que a arte de escrever histórias, não é um compartimento estanque, fugindo a qualquer regra e esquematização, e que a criação exige sim, dedicação, concentração e conhecimento de outros escritores e suas histórias.
 
Mostrando as possibilidades de criação e os segredinhos para construir um mundo fantástico de Grinmelken, Leandro demonstrou que a criatividade é um potencial inerente ao homem, e a realização desse potencial, uma de suas necessidades diante da sociedade.
Ao final da palestra, os alunos puderam adquirir os livros autografados por Leandro Reis e talvez deste momento retiremos a grande beleza dessa manhã: a constatação que a formação do leitor depende do interesse e a intimidade com os livros e seus autores.
A oficina criativa proporcionou o conhecimento dos desafios do autor e sua obra e os alunos puderam se identificar nessas dificuldades de  escrever ou de ler um livro, como também puderam perceber que a fantástica necessidade de escrever e ler histórias envolventes faz parte do ser humano.
Convido vocês a visitarem o site do autor e conhecerem um pedacinho de sua obra.
Abraços e bom final de semana.
Carol

sábado, 7 de setembro de 2013

POR UM BRASIL MAIS CONSCIENTE!

 


 
Queridos leitores:
Segue abaixo um texto bem criativo escrito pelo professor de História Glauco de Souza Santos, do Instituto São José, que ilustra esse momento atual de manifestações por um Brasil melhor, o texto traz, com grande discernimento, o que representa esse 7 de setembro para nós, cidadãos brasileiros, sedentos por boa educação e saúde para todos e por um país mais justo.
Apreciem sem moderação o texto e reflita o seu papel como cidadão atuante na concretude de um país melhor e mais justo.
Abraços,
Profa. Mestre Carolina Scavazza Baldochi

DISCURSO – 7 de Setembro

 
            Peço a paciência de vocês para contar duas histórias, de duas pessoas diferentes, em duas épocas distantes por 191 anos, mas que se entrelaçam pelas coincidências e ironias da história.
***
            Setembro de 1822. Maria Aparecida da Silva era escrava alforriada. Bantu de nascença, devota de Nossa Senhora Aparecida, veio, aos 10 anos, transportada por um fétido e apertado navio da costa africana até os portos do Rio de Janeiro. Lá, foi vendida como escrava a um rico fazendeiro, para quem trabalhou por longos 44 anos.
            Suportava tudo com brandura de espírito e força de sangue. A cada açoite que recebia pensava na liberdade que buscava. Quituteira de mão cheia, aproveitava cada ida à cidade do Rio de Janeiro, para vender seus doces e arrecadar alguns míseros trocados para comprar sua tão sonhada carta de alforria.
            Enfim, após 44 anos de serviços prestados, Maria Aparecida entregava suas economias e recebia sua liberdade. Na mesa do tabelião encerrava seu passado com seu, agora ex-dono, e selava seu futuro: o de escrava liberta. Era 7 de setembro de 1822.
 
            Junho de 2013. João Cleberson dos Santos é motoboy. Nasceu em Diadema, torce para o Corinthians e trabalha desde os seus 12 anos. Aos 17, mudou-se para São Paulo para trabalhar como office boy de um escritório de contabilidade. Aos 18 comprou sua primeira moto e entrou para o ramo de entregas rápidas (e perigosas).
            “Trabalha como um camelo”, João dizia. Acorda às 5h da manhã, coloca as crianças na garupa da moto, leva-as à escola e segue para o trabalho. Corre a cidade, de cima a baixo, das “quebradas” da Zona Leste até os “ricaços” do Jardins. Cheira à gasolina e fumaça de escapamento.
            O corpo cansado, a mente estressada, os perigos iminentes à profissão eram recompensados com o sonho de juntar “uma boa grana” para comprar uma casinha onde pudesse morar a esposa, os filhos, a mãe e... a sogra. Toda semana fazia e refazia as contas da suada poupança.
            Enfim, após longos 12 anos e mais de 500 mil quilômetros rodados, João Cleberson tinha o dinheiro para dar de entrada em uma casa de 4 cômodos na Vila Brasilândia, em São Paulo. Na mesa do corretor de imóveis encerravam suas amarguras de não ter uma casa própria e vislumbrava um futuro promissor no seu novo endereço. Era 17 de junho de 2013.
***
            Fazia alguns dias que Maria Aparecida saíra da mesa do tabelião. Ainda com um sorriso largo no rosto e sua liberdade nas mãos, percebia certa agitação na praça em frente ao Paço Real. Havia tropas de militares de todas as cores e patentes, transeuntes curiosos e alguns desavisados, como ela. Inquieta, questionou a um viajante que por ali passava. Ao que tudo parecia, o príncipe regente, D. Pedro, havia declarado a Independência do Brasil, separando-o definitivamente de Portugal.
            Em um primeiro momento, o volume de novas informações atordoou Maria Aparecida, que não esboçou reação nenhuma. Mas, ao caminhar pelas vielas da cidade, pensava no que aquilo mudaria a sua simples vida.
            Talvez, sua liberdade recém-conquistada pudesse, de certa forma, explicar a liberdade que o viajante afirmava ter o Brasil recebido. Talvez, novos ventos soprassem neste torrão de terra, trazendo novidades. Talvez, quem sabe, a escravidão que açoitava seus conterrâneos terminasse de vez!
            Por um momento, a escrava alforriada parou, orou aos céus, respirou fundo e acreditou que novos sonhos poderiam ser sonhados a partir daquele setembro de 1822.
 
            João Cleberson saía da mesa do corretor. As chaves nas mãos e um sorriso no rosto tornavam seu coração palpitante de alegria, que mal cabia no peito. Logo percebeu que algo de diferente estava acontecendo. Centenas de pessoas caminhavam pela avenida, tremulando bandeiras, empunhando cartazes, com seus rostos pintados, alguns usando máscaras e todos gritando palavras de ordem. Por trabalhar muito, João estava fora da realidade daqueles dias.
            Logo, parou e perguntou a um manifestante o que era tudo aquilo. Informações e euforia se misturavam. Nada era possível compreender. Mesmo assim, decidiu acompanhar o cortejo. Pegou um cartaz que estava encostado em uma mureta e saiu pela avenida gritando tudo aquilo que o engasgava há anos: corrupção, violência, pobreza, falta de médicos e, até... a derrota do Timão.
            Ao caminhar, entendia que ali havia milhares de “Joões Clebersons”, desejosos de expor suas mazelas e dores. Conseguia sentir o vento gelado de junho soprando na direção do futuro. Sua chave no bolso, seu cartaz nas mãos, sua voz na multidão. O futuro parecia promissor.
***
            Algumas semanas se passavam. Maria Aparecida acordava bem cedo, montava sua barraca de quitutes e ali permanecia debaixo de sol ou chuva. Pouco vendia. A esperança que outrora sentira, aos poucos, ia se esvaindo. Percebia que pouco (ou nada) havia mudado naquele próspero e recém-nascido país. Os agravos continuavam, a indiferença permanecia. Sua pele e sua condição de ex-escrava a denunciavam naquela sociedade. Sua liberdade estava no papel, apenas no papel. E o sonho que ela havia almejado para o novo país, parece também ter ficado apenas no papel.
 
            Água, luz, telefone, internet. IPTU, IPVA, ICMS. Mensalão, avião da FAB, deputado preso que não é cassado. Os sonhos de inverno das manifestações de junho haviam passado. A vida de João Cleberson não. Tudo parecia mais do mesmo, tudo parecia igual ao que sempre foi. A dureza da vida, o dinheiro que acaba e o mês que sobra, a mão pesada do Estado... tudo ainda fazia parte da vida de João. O cartaz que havia empunhado na passeata ainda estava vivo em sua memória, mas os dizeres que ali continham parecem ter se esfacelado com o tempo.
***
            O que estas histórias nos ensinam?
            O 7 de setembro de 1822 foi um marco na história do Brasil. Assinava-se há 191 anos a separação política do Brasil. O período de exploração portuguesa ficaria para trás. Mas, como os protestos de junho deste ano, onde mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas exigindo o fim de práticas políticas tão antigas quanto a história de nosso país, tratou-se apenas de mais um marco histórico. Nada mais!
            A liberdade comprada com sacrifício por Maria Aparecida e o sonho realizado por João Cleberson são exemplos de independências que buscamos todos os dias em nossas vidas. Quantas “Marias” e quantos “Joões” sonham e lutam por proclamar seu “7 de setembro”?
            A Independência de um povo só é feita com muita luta, trabalho e suor. Se esperarmos por medidas governamentais, “salvadores da pátria”, heróis nacionais, apenas encontraremos o desânimo e a desesperança. Quem faz nossa independência somos nós, dia após dia.
            O Brasil de 2013 venceu muitos de seus grandes desafios de 1822. Os sonhos de Maria Aparecida foram, em parte, alcançados. Mas, suas desilusões continuaram, assim como continuam no coração de João Cleberson. Nossa Independência, como país e como povo ainda precisa do trabalho de muitas “Marias” e de muitos “Joões”, “brava gente brasileira”, como está em nosso hino da Independência.
            Portanto, que a esperança de construir um país melhor, que povoou este torrão de terra em junho deste ano, ou em setembro de 1822, nos inspire para arregaçarmos as mangas e trabalharmos para realmente construirmos, dia após dia, a nossa real Independência! A Independência dos brasileiros.
 
Glauco de Souza Santos
Professor de História

terça-feira, 3 de setembro de 2013

AGUARDEM: VEM AI NOSSO SARAU LITERÁRIO




"São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher..."

 
Em homenagem ao centenário de Vinícius de Moraes, será realizado o nosso o 1º Sarau Literário. O evento é mais uma ação ligada ao Festival de Poesia – Fest Poesia 2013, que comemorará 30 anos.
 
O tema da programação é “Vinícius, o poetinha”, em comemoração aos 100 anos de Vinícius de Moraes, completados em 2013.
 
A intenção é mostrar ao público em geral a relevância do trabalho do poeta para a literatura brasileira. Alunos dos 9 anos, principalmente, são o foco do evento, que contará com uma mesa composta por professores, poetas e escritores da região, que discutirão a escrita de Vinícius com os presentes.
Vinícius de Moraes nasceu e morreu na cidade do Rio de Janeiro e era conhecido por ser poeta, boêmio assumido e conquistador, requisitos que considerava imprescindíveis para um artista. Sua obra é pautada por canções e poemas sobre a beleza feminina e natural, contando durante toda a sua carreira com a parceria de nomes de peso das artes brasileiras, como Tom Jobim, Toquinho e João Gilberto.
 
Participação especial do autor Leandro Reis e do presidente da Academia Joseense de Letras  Wilson R.

 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Livros para um leitor maduro

 
 

Queridos,


Hoje falarei do livro que acabei de ler, O Idiota – Fiódor Dostoiévski (Editora 34 – Boa demais!). Um livro surpreendente, apesar de ter sido arrebatada por Crime e Castigo, O Idiota é um romance em que a participação do narrador é maior do que, ocorre, por exemplo, em Crime e Castigo, o que deixa o romance marcado por uma forte oralidade, que tem na figura do narrador principal, o príncipe Míchkin, um impetuoso e ansioso contador de história, que parece não dar tréguas a temporalidade do enredo. O mundo parece que precisa ser contado em apenas um dia!
Dostoiévski ao criar o personagem principal de O idiota, Míchkin, idealizou um personagem que fosse perfeito. Nas palavras do autor “A ideia do romance é uma ideia minha antiga e querida, mas tão difícil que durante muito tempo não me atrevi a colocá-la em prática... A ideia central do romance é representar um homem positivamente belo. No mundo não há nada mais difícil do que isso, sobretudo hoje. Porque esse problema é imenso. O belo é um ideal, e o ideal ainda está longe de ser criado”. Dostoiévski, em seguida, diz que para ele só Cristo é uma “personagem, positivamente bela” e que vê apenas Dom Quixote como personagem mais bem-acabada da “literatura cristã” (BEZERRA, Paulo. In tradução de O idiota).
O romance inicia com a volta de Míchkin, que estava morando há quatro anos na Suíça, à Rússia, e detalhe, ele só trazia a roupa do corpo e alguns mantimentos. Vai até a casa de um general e lá conhece as filhas dele, e acaba descobrindo que uma delas, a mais nova, está sendo cotada para casar com Gánia, este, porém, muito interessado na adorável Nastácia Filíppovna.
E por falar em Nastácia, com sua beleza enlouquecedora, acaba conquistando Rogójin outro intrigante personagem e, também, nada menos que o personagem principal, o “idiota” Míchikin.
É a partir dessas três personagens, o que poderíamos chamar desses três pilares do enredo, que o romance agita uma extrema complexidade e sentimentos confusos, trazendo ao leitor a mais profunda atenção e intensidade em cada cena, que vai do mais puro amor a mais tremenda malandragem e fraqueza humana.
Vale a pena apreciar.
Abraços leitores afoitos!

Carol

terça-feira, 27 de agosto de 2013



Queridos, estou com tantas provas para corrigir que mal consigo visitar nosso Blog.
Entretanto, vou me esforçar para reativá-lo, ok?
Obrigada pelas mensagens!
Abraços.
Carol