Proposta de redação
A coletânea de recortes que você lerá a seguir foi retirada de fontes variadas e faz uma abordagem de temática social contemporânea.
Pensando no
texto que lemos em aula de Marina Colassanti e nas
discussões em sala de aula, redija uma
redação sobre o seguinte tema:
“Felicidade é algo que independe do
que está à nossa volta. Desfrutar e saborear a vida é o nosso maior
compromisso. As coisas ruins também fazem parte da vida e quem aceita isso
enfrenta melhor o sofrimento, sem perder os momentos de alegria”.
Psicanalista Luiz Alberto Py.
Coletânea
Texto 1Do livro Dinheiro pode comprar felicidade, da Editora Gente, a norte-americana especialista em finanças MP Dunleavey aborda o tema felicidade. Observe o que ela recomenda:
1. Estar
envolvido com a família, os amigos e a comunidade.
2. Ter mais
tempo para si.
3. Desenvolver
suas habilidades, interesses e talentos (por isso, é importante trabalhar com o
que gosta).
4. Diminuir o
estresse financeiro.
5. Melhorar a
saúde em todos os níveis.
6. Divertir-se
mais (muito mais).
7. Garantir o
futuro financeiro.
8.Encontrar
maneiras significativas e prazerosas de se doar aos outros. (<http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?odigo=1255182&path=/suasfinancas/>).
Texto 2
A receita da felicidade
• O primeiro
passo é aceitar que a felicidade não é um estado permanente, ela vai e volta.
• Não há
problema em ser infeliz algumas vezes.
• Invente sua
própria filosofia de felicidade. Não aceite o consumismo publicitário.
• As pesquisas
mostram que as pessoas felizes são aquelas que se cercam da família e dos
amigos, se culpam em atividades diárias
e, mais importante, perdoam com facilidade.
• Em vez de se
projetar no futuro, sinta o bem-estar e a satisfação que as coisas lhe dão no
momento presente.
Revista Isto É, 28 set. 2007.
Texto 3
A felicidade é a única coisa que podemos
dar sem possuir. (Voltaire).
Texto 4
Para brasileiro, renda é
determinante de felicidade
Em um país com
grande desigualdade social como o Brasil, a renda figura como um dos fatores
mais significativos para determinar se a pessoa é feliz ou não. Esse foi um dos
resultados da dissertação de mestrado Economia
e felicidade: um estudo empírico dos determinantes da felicidade no Brasil, da economista Sabrina Vieira Lima,
apresentada na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão
Preto (FEARP), da USP. Além de maior renda, disseram-se mais felizes os que
estão empregados, casados, homens e que não eram nem católicos nem espíritas (o
estudo considerou espírita os seguidores de candomblé, espiritismo e umbanda).
Os dados analisados foram coletados dos levantamentos do instituto World Values
Survey 1991 e 1997, dos EUA, realizados com 2.931 brasileiros de todas as
regiões do país. A dissertação corrobora a literatura internacional atribuindo
uma significativa relação positiva entre renda e felicidade. “Essa relação
tende a ter um peso maior para as pessoas que estão próximas da linha de
pobreza ou de situações de não-atendimento adequado de suas necessidades
básicas de sobrevivência”, explica Sabrina.
O estudo
mostrou que a renda absoluta tem muito mais impacto na felicidade do que a
comparação entre a pessoa e seu próximo. A pesquisadora aponta que isso pode
ocorrer pelo fato de o Brasil ser um país no qual a maioria das pessoas está
concentrada em faixas baixas de renda, o que pode significar que o fato de se
ter alguma renda é mais importante para a pessoa do que sua comparação com seus
pares.
O mesmo ocorre
com o emprego: mais importante do que a probabilidade de se conseguir um
emprego ou a probabilidade de perdê-lo, não estar desempregado é mais
significativo para a determinação da felicidade. Para esse levantamento, foi
considerada apenas a população economicamente ativa, ou seja, desconsideraram-se
crianças, jovens e aposentados.
De modo geral,
quanto à religião, os católicos e os espíritas declararam- se menos felizes do
que muçulmanos, hinduístas, budistas, ortodoxos, protestantes e judeus. “Isso
não quer dizer que sejam infelizes.
Apenas que,
comparativamente com as outras religiões, são os que se diziam menos felizes”,
ressalta a economista. Já os homens mostraram-se mais felizes do que as
mulheres e, as pessoas casadas, mais felizes do que as solteiras, viúvas e
separadas. A escolaridade, a idade e a região do País não se apresentaram como
fatores determinantes para a felicidade dos brasileiros, segundo a
pesquisadora. (Naila Okita, especial para a Agência USP
de Notícias). Mais informações: svieira.ecn@gmail.com,
com Sabrina Vieira Lima. Dissertação orientada pelo professor
Roberto Guena de Oliveira: <www4.usp.br/index.php/sociedade/286-para-brasileiro-renda-edeterminante-de-felicidade>.
Texto 5
IX - Sou um guardador de rebanhos
Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentosE os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.
Fernando Pessoa. O guardador de rebanhos. (<www.jornaldepoesia.jor.br/alberrr.html>).
Texto 6
Os quatro requisitos
Definir
felicidade é tão complexo e abstrato quanto decifrar a insanidade. Desde a
Grécia Antiga, os filósofos estabeleceram uma diferença entre ser e estar
feliz. Nos últimos séculos, o tema mobilizou artistas, pensadores, intelectuais
e produziu frases antológicas. “O segredo da felicidade é encarar o fato de que
o mundo é horrível, horrível, horrível”, resumiu o filósofo britânico Bertrand
Russell, Prêmio Nobel de Literatura. Já Ingrid Bergman, a atriz de Casablanca, dizia que
“felicidade é ter boa saúde e péssima memória”. Para os psicólogos, ser feliz é
estar bem.
O psiquiatra e
psicoterapeuta Flávio Gikovate vai lançar um livro sobre o que ele chama de
medo da felicidade. Segundo ele, todos buscam esse estado de espírito
privilegiado, mas acabam se desviando da rota ou se auto-sabotando por
desespero. Ele percebe duas maneiras de pensar a felicidade: uma sensação de
paz, compleitude e harmonia ou uma conquista. “O importante é perceber que a
felicidade está no processo de chegada ao pódio, e não na permanência nele. Uma
pessoa fica feliz ao comprar uma casa, mas esse sentimento se esvai em três semanas”,
diz.
O psiquiatra
propõe que a felicidade seja vista como algo dinâmico. É, em primeiro lugar, a
obtenção de quatro requisitos mínimos: saúde física, estabilidade financeira
mínima, boa relação afetiva e integração social. A partir dessas conquistas,
alcança-se o ponto de equilíbrio e o que vier é lucro. A felicidade inclui
ainda a auto-estima, o cuidado consigo e os prazeres intelectuais, como curtir
uma boa música, um bom livro, se deleitar com um poema ou uma idéia nova. “Quem
passa a tarde de domingo em frente à televisão assistindo ao Gugu ou ao Faustão
não pode ser plenamente feliz.
Enfrentar os
problemas cotidianos já é uma forma de buscar satisfação. “Felicidade é algo
que independe do que está a nossa volta. Desfrutar e saborear a vida é o nosso
maior compromisso. As coisas ruins também fazem parte da vida e quem aceita
isso enfrenta melhor o sofrimento, sem perder os momentos de alegria”, diz o
psicanalista Luiz Alberto Py. O ser humano tem uma capacidade inigualável de aceitar
e se adaptar. Durante mais de duas décadas, um psicólogo conhecido como Doutor
Felicidade procura as motivações que levam as pessoas a se sentirem satisfeitas
com a vida. Professor da Universidade de Illinois, o americano Edward Diener
notou que os mais bem realizados eram aqueles que se cercavam da família, dos
amigos e, mais importante, sabiam perdoar.
Texto 7
Dinheiro
A partir de um
questionário com apenas cinco perguntas, Diener avaliou o índice de satisfação
dos americanos. Mostrou, entre outras coisas,
que assim que são atendidas as necessidades materiais básicas a renda
financeira faz pouca diferença. “A relação entre dinheiro e felicidade é muito
forte, mas tem limite. Quando a renda é maior do que US$ 10 mil por ano – cerca
de R$ 2 mil por mês –, essa relação deixa de existir e o dinheiro deixa de ser
a chave para a felicidade”, explica o economista Eduardo Gianetti da Fonseca.
“O dinheiro em
si não traz felicidade, traz condições para a pessoa ser feliz, assim como um
corpo saudável dá as condições para se ter uma vida mais feliz. O resto é estar
em paz consigo e com a vida”, diz Rodrigo Loures, presidente da Federação das
Indústrias do Estado
Orientação para o aluno
Contextualize seus exemplos, agregando a eles situações econômicas, políticas e sociais.
Não se esqueça do título!
Inicie sua redação por uma citação (use, para isso, os textos da coletânea), caso cite como se encontra no texto, use aspas. Mas poderá fazê-lo citando um autor e transcrevendo dele a idéia principal.
Ao citar, evite: “segundo Fulano de Tal”; contextualize sua citação de modo a inseri-la no contexto necessário.
Evite colocar felicidade como referência de conquista do futuro porque esta é uma visão equivocada e religiosa dos fatos.
Contextualize seus exemplos, agregando a eles situações econômicas, políticas e sociais.
Inspecione o mundo contemporâneo e suas limitações para o estado de felicidade verdadeira. Lembre-se também de que a felicidade tem causas físicas de bem-estar.
Termine sua redação com uma sugestão para que as pessoas sejam felizes no mundo que habitamos.
Não se esqueça do título!
Segue a redação do aluno Daniel Khouri do 9 ano B.
O que é a felicidade para você ?
“Quem
passa a tarde de domingo em frente à televisão assistindo ao Gugu ou ao Faustão
não pode ser plenamente feliz"
Começamos
com essa frase, e com uma pergunta: você é feliz? Afinal, o que significa
FELICIDADE pra você? Se você sorrir você está feliz? Como demonstra isso?
Bom, há uma diferença entre ser e estar feliz. Se você ganhar na Mega Sena você estará feliz, pois isso não te garante uma felicidade eterna. Se seu time de futebol ganhar um campeonato, te fará feliz, só que não em um estado permanente. Felicidade é mais do que algo que acontece, é algo que é costume. Mas como assim?
Pesquisas dizem que para SER feliz, é necessário, principalmente, estar envolvido com a família, amigos e a comunidade, entre outras coisas.
Porém, em minha opinião, além de tudo que nos faz feliz, uma coisa que me alegra, no momento, e me dá uma "lição" de moral muito grande, é alegrar OUTRAS pessoas.
Amigo meu triste, eu vou e ajudo. Pessoas necessitadas que precisam de ajuda, eu vou e ajudo. E sabe, isso faz um bem muito grande pra mim, pois eu vejo que as pessoas podem contar comigo. Isso é estar envolvido na sociedade.
O problema que uma pesquisa apontou que no Brasil, renda é determinante de felicidade. Ela ajuda a ESTAR feliz, não a SER.
Pense nisso!
Bom, há uma diferença entre ser e estar feliz. Se você ganhar na Mega Sena você estará feliz, pois isso não te garante uma felicidade eterna. Se seu time de futebol ganhar um campeonato, te fará feliz, só que não em um estado permanente. Felicidade é mais do que algo que acontece, é algo que é costume. Mas como assim?
Pesquisas dizem que para SER feliz, é necessário, principalmente, estar envolvido com a família, amigos e a comunidade, entre outras coisas.
Porém, em minha opinião, além de tudo que nos faz feliz, uma coisa que me alegra, no momento, e me dá uma "lição" de moral muito grande, é alegrar OUTRAS pessoas.
Amigo meu triste, eu vou e ajudo. Pessoas necessitadas que precisam de ajuda, eu vou e ajudo. E sabe, isso faz um bem muito grande pra mim, pois eu vejo que as pessoas podem contar comigo. Isso é estar envolvido na sociedade.
O problema que uma pesquisa apontou que no Brasil, renda é determinante de felicidade. Ela ajuda a ESTAR feliz, não a SER.
Pense nisso!
Segue a redação da aluna Maite Tinoco do 9 ano C.
Um sorriso
Segundo o americano Edward Diener os mais bem
realizados são aqueles que se cercam da família, amigos e que sabem perdoar.
Averiguando essa frase vemos que a felicidade não surge do nada, nem é plena,
pois o ser humano só aprende a valorizar o que tem no momento que perde.
O sucesso na vida está relacionado com a
felicidade. Sentimos-nos felizes aos seres úteis e ao prestar serviços a nossa
sociedade a fim de melhorá-la.
O perdão tem papel essencial para termos
alegria. Isso ocorre porque ao perdoarmos tiramos todas as mágoas do coração
assim tendo espaço para bons sentimentos. Esse sentimento também tem papel
importante na aceitação dos erros de nós mesmos e dos outros assim com
humildade recebemos a satisfação de sermos perdoados sentindo mais leveza.
Citando uma história nesse texto que conta
que um dia um professor aplicou uma prova aos alunos que exigia eles explicarem
pontos pretos numa folha branca. Recolhendo as folhas de resposta e lendo-as
disse que o objetivo não era se centrar nos pontos que seriam as tristezas, mas
na folha em branco em sua imensidão de espaço para as alegrias que seria nossa
vida.
O
valor de um sorriso, uma risada, um carinho é incalculável como a felicidade
não se compra tente abraça-la tantos nas alegrias quanto nas quedas porque
estas foram feitas para aprendermos assim fique feliz por ter a chance de
melhorar a cada dia sempre pensando que tudo irá melhorar.
Segue a redação da aluna Bianca Carneiro de Sá Ribeiro 9º ano
Porque a felicidade não tem preço
“ A felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir” (Voltaire).
Hoje em dia, a sociedade e a mídia pregam que para sermos felizes precisamos ter. Ter dinheiro, ter um carro, roupas de marca e poder. Mas como isso determina que somos felizes? Atualmente, achamos que a felicidade é algo a ser buscada, que virá com o tempo, ou até mesmo que se tivermos uma casa grande a felicidade aparecerá. Mas a felicidade não é algo a ser atingida ou comprada. Felicidade é aproveitar o momento agora.
O dinheiro é o que todos almejam, mas ele não traz a
felicidade. Ele te dá condições para ser feliz, assim como ser saudável te da
melhor qualidade de vida. Mas essa relação entre dinheiro e felicidade é
limitada. A chave da felicidade é ver que estar com a família e amigos. Não
precisamos estar alegres o tempo todos, ser feliz é perceber que podemos ficar
tristes, a felicidade está sempre com você, talvez quando você nem percebe.
E como disse Voltaire, deixar os outros felizes nos deixa
feliz. Não precisamos buscar a felicidade, só precisamos aprender a aproveitar
o agora e não se estressar com detalhes banais porque a vida não se resume a
isso. Não se culpe pelo seus erros dos outros, a vida é feita de experiências, tentativa
e erros, e é só assim que aprendemos a lição de que um vida sem rancor e ódio é
uma vida feliz
Segue a redação da aluna Carolina Camargo Silva do 9 ano D
FELICIDADE PLENA
“O desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do
apego imoderado aos bens deste mundo, para se realizar na visão e na
bem-aventurança de Deus.”
Catecismo da Igreja Católica,
parágrafo 2548
A
felicidade está em Deus e não no mundo, ou nas coisas do mundo. Aquele que crê,
toma posse da felicidade, porque esta, não depende de fatos e acontecimentos,
mas sim da certeza da vitória.
Ser
feliz é um estado de espírito. Dificuldades, tropeços e tormentas estão
presentes na vida de cada um, e não precisam ser sinônimos de tristeza. Para
quem crê, as dificuldades são uma nova chance de recomeçar.
Muitas
pessoas associam “alegria” a “felicidade”. Alegria é um momento de prazer, em
virtudes de fatos e acontecimentos, assim como a tristeza.
Momentos
sucessivos de alegria não constroem uma felicidade, pois as coisas do mundo não
preenchem completamente o nosso coração. Apesar de nos darem esta ilusão.
Quando
não colocamos nossa felicidade em Deus, nos momentos de tribulação, a tristeza,
o desânimo e a falta de esperança tomam conta do nosso coração, e nos
distanciamos da felicidade plena.
Está muito bom seu blog.
ResponderExcluirParabéns!
Gostei dos temas.
Carol,excelente iniciativa a criação do blog! Parabéns!!!Adorei as propostas de redação. Vou copiar...rsrsrs.
ResponderExcluirQue lindos Carol, parabéns pela iniciativa! Não poderia ser diferente vindo de você, uma pessoa especial! Parabéns aos seus alunos e a você!
ResponderExcluirAmei as redações!!
Carol, querida! Lindo, interessante e encantador esse seu blog. Ele se parece com você. Parabéns para seus alunos talentosos tb. Bjs cheios de saudade.
ResponderExcluirCarol Camargo, sua redação ficou muito linda! Uma ótima ideia de relacionar a fé cristã com a felicidade, mostrando que a verdadeira felicidade não está nas coisas do mundo, mas em Deus. Acho que ninguém mais teve essa ideia, embora muitos (assim como eu) pensem como você. Muito bonita e reflexiva. Parabéns! Bjs, Carol Martins.
ResponderExcluirhehe mto bom... pena q eu perdi minhas redações mas eu ainda as acho! kkkk
ResponderExcluirjoão do B aqui ^^
a carol, tenta fazer uma acc do aADsense para este blog, dai cada um q clicar em algum anucio, vc lucra(sem spam)
os alunos souberam apliar,aprofundar,trabalhar bem o sentido da frase,usando como tema
ResponderExcluirCarol Camargo merece 1000 pts nessa redação
ResponderExcluir